quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ANTES, PORÉM...

Você pede melhoras da saúde. Antes, porém, socorra o enfermo em condições mais graves. Você pede em favor do seu filho. Antes, porém, proteja a criança alheia em necessidade maior. Você pede providência determinada. Antes, porém, alivie a preocupação de outra pessoa, em prova mais contundente que sua. Você pede concurso fraterno contra a obsessão que o persegue. Antes, porém, estenda as mãos ao obsidiado que sofre sem os recursos de que você já dispõe. Você pede perdão pela falta cometida. Antes, porém, desculpe incondicionalmente aqueles que lhe feriram o coração. Você pede apoio à existência. Antes, porém, seja consolo e refúgio para o irmão que chora em seu caminho. Você pede felicidade. Antes, porém, semeie nalgum gesto simples de amor a alegria do próximo. Você pede solução a esse ou àquele problema. Antes, porém, busque suprimir essa ou aquela pequenina dificuldade dos semelhantes. Você pede cooperação. Antes, porém, colabore a benefício dos que suam e gemem na retaguarda. Você pede a assistência dos bons espíritos. Antes, porém, seja você mesmo um espírito bom, ajudando aos outros. Toda solicitação assemelha-se, de algum modo, à ordem de pagamento, que, para ser atendida, reclama crédito. A casa não se equilibra sem alicerce. Uma fonte ampara outra. Se queremos auxílio, aprendamos a auxiliar. ANDRÉ LUIZ

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A todas as mães que são anjos anônimos e abençoados na multidão. E em especial, a minha mãezinha Sonia Carolino, a quem devo pelo grandioso exemplo inspirando hoje, minha própria atitude. Mãezinha querida: Eu sei que você me recebeu com a alma em festa, vestida de sonhos e esperanças. Em momento algum lhe passou pela mente que o fato de eu não lhe pertencer à carne pudesse alterar o nosso infinito amor. Eu venho de regiões ignotas e dos tempos imemoriais do seu passado, no qual estabelecemos estes vínculos de afeto imorredouro... Foi necessário que nós ambos nos precisássemos, na área da ternura, impedidos, porém, de nascer um da carne do outro, por motivos que nos escapam, a fim de que outra mulher me concebesse, entregando-me a você. Ela não se deu conta da grandeza da maternidade; não obstante, sou-lhe reconhecido, pois que, sem a sua contribuição, eu não teria recebido este carinho de mãe espiritual saudosa, nem fruiria da sua convivência luminosa, graças à qual eu me enterneço e sou feliz. Filho adotivo! Quantas vezes me golpearam com azedume, utilizando essas palavras! O seu amor, todavia, demonstrou-me sempre que a maternidade do coração é muito mais vigorosa do que a do corpo. Não há mães que asfixiam os filhinhos, quando estes nascem? E outras, não há, que sequer os deixam desenvolver-se no seu ventre, matando-os antes do parto? No entanto, quem adota, fá-lo por amor e doa-se por abnegação. De certo modo, somos todos filhos adotivos uns dos outros, pelo corpo ou sem ele, porqüanto, a única paternidade verdadeira é a que procede de Deus, o Genitor Divino que nos criou para a glória eterna. Mãezinha de adoção é alma que sustenta outra alma, vida completa que ampara outra vida em desenvolvimento. Venho hoje agradecer-lhe, em meu nome e no daqueles filhos adotivos que, ingratos e doentes, pois que também os há em quantidade, não souberam valorizar os lares que os receberam, nem os corações que se dilaceraram na cruz espinhosa dos sofrimentos em favor da vida e da segurança deles. Recordando-me da Mãe de Jesus, que a todos nos adotou como filhos, em homenagem ao Seu Filho, digo-lhe, emocionada e feliz: Deus a abençoe, mamãe, hoje e sempre! [Amélia Rodrigues]

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Quem dera o tempo fosse tudo, fosse muito... Quem dera um corpo que carregasse o que o tempo deixa pra trás, Um corpo que acompanhasse, que guiasse... Quem dera beber a força em um copo d'água, alimentar a alma de luz e som, buscar na brisa dessa noite força ao coração. Quem dera buscar o que passou para o agora, viajar sob a aurora de noites longas de diversão. Quem dera poder deixar o espírito prevalecer, passar por cima do que não se pode ver, buscar a criança que viveu em você. Quem dera te dar a força, te dar a beleza de caminhar, te dar um tapete de flores e perfumar, qualquer lugar por onde você passar... Quem dera poder tirar qualquer sofrimento de seu caminhar, e em um passe de mágica arrancar, todo o sofrimento que o tempo a faz passar. [Dry] Amo você vovó.